A Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara aprovou nesta quarta requerimento de Eduardo Bolsonaro para que Marcos Valério detalhe o teor das revelações feita à Polícia Federal, em delação premiada homologada pelo ex-ministro do STF Celso de Mello, sobre as relações entre o PPC e o Partido dos Trabalhadores, e revelada por Hugo Marques em VEJA.
Para o deputado, “são denúncias gravíssimas sobre o envolvimento do crime organizado transnacional na política brasileira, com impactos diretos à soberania nacional e à integridade territorial do país”. Requerimento semelhante, foi aprovado em julho, pela Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado.
De acordo com o deputado, “no depoimento à Polícia Federal, Valério confirmou que o PT lavava dinheiro para o PCC. Esse grupo criminoso também estaria envolvido com o assassinato do então prefeito de Santo André, Celso Daniel, que teria descoberto o esquema. O PCC é uma organização criminosa transnacional, com presença comprovada no Paraguai, Bolívia e Venezuela, além de possuir vínculos com organizações criminosas da Colômbia”.
Ele lembrou, ainda, que 80% das drogas produzidas na Bolívia, Colômbia e Peru cruzam o território nacional. Além disso, as organizações criminosas tiram proveito dos quase 17 mil km de fronteiras que o Brasil possui com dez países. “Essas drogas passam por essas organizações criminosas e, conforme Valério, financiavam as campanhas eleitorais do Partido dos Trabalhadores”, concluiu.