Com o dono de 50% do mercado de cigarros contrabandeados aos países vizinhos sentado na cadeira de presidente (leia mais aqui), seria difícil imaginar que o Paraguai aumentaria os impostos sobre o tabaco dos atuais 13% para os esperados 50%. Pois não aumentou.
O Senado paraguaio acaba de elevar as taxas de 13% a 20%, número ainda insuficiente para diminuir o contrabando a países como o Brasil, onde os impostos sobre esse tipo de produto chegam a 65%. A medida ainda deve ser ratificada pelo Congresso do Paraguai.
O projeto de regulação do setor também previa que metade da superfície das embalagens de cigarro fosse ocupada com imagens que desestimulem o consumo. Os senadores paraguaios, no entanto, deixaram por menos e fixaram a proporção em 40%, numa prova de cumplicidade a Horácio Cartes que deve provocar inveja em Dilma Rousseff.