Preso nesta segunda-feira por suspeita de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em março de 2018, o ex-bombeiro Maxwell Simões foi transferido pela Polícia Federal do Rio de Janeiro para a Penitenciária Federal de Brasília.
A ação contou com o apoio do Comando de Aviação Operacional da PF e de policiais federais da Força-Tarefa de Combate ao Crime Organizado da corporação no Rio.
Maxwell já havia sido preso no dia 10 de junho de 2020, por suspeita de ser o braço direito de Ronnie Lessa, que é policial militar reformado do Rio e foi apontado pelas investigações como o autor dos disparos que mataram Marielle e Anderson.
De acordo com o MP-RJ, o ex-bombeiro (que foi expulso da corporação) ajudou a sumir com as armas usadas no crime, que foram jogadas no mar. Em fevereiro de 2021, ele foi condenado por obstrução de Justiça a quatro anos de prisão, mas foi autorizado a cumprir a pena em regime aberto, com prestação de serviços à comunidade.
O outro preso pelo duplo homicídio, Elcio Queiroz, firmou uma delação com a PF e o Ministério Público do Estado e revelou que o ex-bombeiro também desempenhou papel de “campana”, monitorando a rotina da vereadora como preparação para o assassinato. Maxwell também teria sido o responsável por “picar” o carro usado para armazenar as armas do crime, ou seja, desmontá-lo e se desfazer das partes para ocultar provas.