Governo tenta mais uma vez vender o primeiro arranha-céu da América Latina
O icônico Edifício A Noite, no Rio de Janeiro, foi avaliado em R$ 38,5 milhões; prédio art-déco de 29 andares abrigou a sede da Rádio Nacional
O governo federal tentará pela segunda vez vender o icônico Edifício A Noite, na Praça Mauá, centro do Rio de Janeiro. Construído em 1929, o prédio de 22 andares foi o primeiro arranha-céu da América Latina e é considerado uma joia art-déco de frente para a Baía de Guanabara. Ele abrigou o jornal vespertino de mesmo nome e também foi a sede da Rádio Nacional.
A Secretaria de Patrimônio da União avaliou o imóvel em 38, 5 milhões de reais, abaixo dos 90 milhões de reais que o órgão e o mercado imobiliário estimariam que o bem valia no fim de 2020, quando o governo autorizou a liquidação do imóvel, que está fechado desde 2012 e custa mais de 2 milhões de reais por ano aos cofres públicos com manutenção, segurança e taxas.
A venda será online por meio de concorrência no portal de venda de imóveis do Ministério da Economia. No modelo estabelecido, tanto pessoas físicas quanto jurídicas podem fazer ofertas. Vence o maior lance. Para se habilitar a participar do certame é preciso depositar uma caução de 5% do valor de avaliação do imóvel. A União já havia tentado vender o imóvel no final do ano passado.