No último dia 27 de janeiro, os 12 representantes da sociedade civil no Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural protocolaram um requerimento endereçado à presidente do Iphan, Larissa Peixoto, solicitando uma reunião extraordinária para discutir uma série de ações do governo Bolsonaro que comprometem o patrimônio ambiental, natural e cultural do Brasil — leia o texto na íntegra aqui.
Mais de três semanas depois, a chefe do instituto e seus cinco diretores responderam o ofício neste sábado, pedindo que os críticos “se retratem dessa manifestação descortês e realisticamente insustentável” — leia a resposta aqui.
Nos bastidores, comenta-se que Larissa quis demonstrar que não vai mais apanhar calada.
Em dezembro,ela chegou a ser afastada do cargo pela Justiça Federal do Rio, por falta de experiência ou formação acadêmica para ocupar o cargo, mas a decisão foi derrubada dias depois.
Na manifestação desde sábado, Larissa Peixoto critica a falta de planejamento encontrada quando chegou ao Iphan, o que teria prejudicado de maneira o bom funcionamento do órgão.
Em reação às críticas, ela afirmou que, segundo um levantamento do instituto, o conselho consultivo se reuniu, em média, três vezes por ano nos seus 80 anos de existência, até 2019. E que, na sua gestão, foram realizados seis encontros em 2021, o que permitiu avanços importantes na valorização do patrimônio brasileiro e deu andamento aos processos que vinham sendo prejudicados pela falta de planejamento das gestões anteriores.