Governador eleito de Santa Catarina, o senador Jorginho Mello (PL) deverá receber um salário 125% maior do que o do atual ocupante do cargo, Carlos Moisés (Republicanos).
Aliados do bolsonarista na Assembleia Legislativa do Estado estão trabalhando para aprovar nos próximos dias um aumento na remuneração do chefe do Executivo, de 15.000 reais para 33.763 reais — o mesmo valor recebido hoje por deputados federais e senadores.
Já o salário dos secretários estaduais passaria de aproximadamente 14.000 reais para 25.300 — um acréscimo de 80%. O tema, inclusive, já foi discutido pelos líderes da Alesc na semana passada. A previsão, segundo o líder do partido de Mello na Casa, Ivan Naatz, é que os novos vencimentos sejam votados até o próximo dia 20, para já valerem a partir de janeiro.
“Já há um consenso entre os líderes de que os valores estão muito abaixo do mercado e que os secretários são colocados em conselhos para ajustar o valor que é baixo. Um secretário recebe algo em torno de 11.000 reais líquidos, muito menos que várias prefeituras”, declarou Naatz ao Radar nesta quarta, acrescentando que a tendência é “acabar com os conselhos remunerados”. Ele comentou ainda que último reajuste para secretários do governo ocorreu em 2009.
Segundo o deputado estadual, a iniciativa foi da comissão de Finanças da assembleia e está sendo tratada “de forma coletiva” entre os partidos e a Mesa Diretora. Ainda de acordo com o parlamentar, o reajuste valerá para quatro anos e não terá gatilho para outras faixas salariais.
No fim do mês passado, outro governador eleito aliado do presidente Jair Bolsonaro foi beneficiado com um aumento salarial. A Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou um reajuste de 50% no salário de Tarcísio de Freitas, do vice e dos secretários estaduais.