A menos de três meses da Olimpíada de Tóquio, a Federação Paulista de Judô tem passado por momentos turbulentos, como vem mostrando o Radar. O último episódio se deu nesta semana. O TJSP anulou a eleição da FPJ e confirmou o interventor Caio Pompeu de Souza no comando da entidade.
A decisão determina que o último presidente, Alessandro Panitz Puglia, e toda a diretoria cujo mandato terminou em 31 de março não adentrem as dependências da Federação para praticar atos administrativos ou financeiros em nome da entidade.
A Corte paulista determinou, ainda, que sejam fornecidas todas as senhas ao interventor, sob pena de multa de 100.000 reais. “A decisão do TJSP confirmou de forma categórica a legalidade da intervenção do STJD na Federação”, defende o advogado Renato Ribeiro de Almeida, que representa a chapa oposicionista ao lado do colega Carlo Frederico Muller.
“A eleição realizada em abril foi anulada porque foi convocada pelos ex-dirigentes, que deliberadamente decidiram não se submeter à autoridade da decisão do STJD”, diz Almeida.
Conforme informado pelo Radar, a confusão teve início no mês passado, na época das eleições para o comando da entidade. O pleito foi questionado no STJD por denúncias de uma série de irregularidades que favoreceriam Puglia.
O mandato dele chegou ao fim em 31 de março e o tribunal desportivo indicou um interventor, definindo uma nova comissão eleitoral para a federação, além de transformar Puglia em réu.
A FPJ resistiu à autoridade desportiva e levou o caso à Justiça comum, que também reconheceu a legitimidade do STJD (como prevê o próprio estatuto da federação).