Justiça tem que considerar impacto orçamentário de decisões, diz Barroso
Presidente do STF apoia trecho da reforma administrativa proposta na Câmara que manda Judiciário fazer análise de consequências para os cofres públicos

O presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, afirmou nesta terça-feira que apoia o trecho da reforma administrativa proposta pelo grupo de trabalho da Câmara que manda o Poder Judiciário levar em conta o impacto financeiro-orçamentário das decisões proferidas em todas as esferas da Justiça.
“Esse não é, muitas vezes, o fator decisivo para você tomar uma decisão judicial, mas é um fator que você tem que levar em consideração, porque, para você saber qual é a decisão justa, você tem que saber quem paga a conta”, disse o ministro do STF no evento “Agenda Brasil”.
Segundo Barroso, num país em que a maior parte do sistema tributário decorre de impostos sobre o consumo, “quem paga a conta, geralmente, se o Tesouro estiver pagando, é algum pobre”.
Em sua fala, o presidente do Supremo afirmou que, em sua gestão na Corte, contratou um economista para fazer análises de impacto financeiro-orçamentário de processos com possíveis consequências para os cofres públicos.