Pivô da demissão do ex-chanceler Ernesto Araújo, no fim de março, a senadora Kátia Abreu fez questão de anunciar pelas redes sociais sua ida à CPI da Pandemia para questionar o ex-ministro das Relações Exteriores e desejou “que Deus tenha piedade desta alma”.
“Nós vamos fazer uma oitiva com o ex-chanceler Ernesto Araújo, que era o ministro do Itamaraty, e que infelizmente não praticou uma boa diplomacia, atrapalhou muito na busca das vacinas. Que Deus tenha piedade desta alma”, disse Kátia em vídeo publicado no Twitter.
Presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado, ela foi alvo da última declaração polêmica de Araújo no cargo, no dia 28 de março. Em um tuíte, o então chanceler deu a entender que a pressão do Senado para sua saída do Ministério das Relações Exteriores estaria ligada aos interesses de senadores na licitação da tecnologia 5G, que deve ser realizada neste ano.
“Em 4/3 recebi a Senadora Kátia Abreu para almoçar no MRE. Conversa cortês. Pouco ou nada falou de vacinas. No final, à mesa, disse: ‘Ministro, se o senhor fizer um gesto em relação ao 5G, será o rei do Senado’. Não fiz gesto algum”, escreveu Araújo na ocasião.
A pressão do Senado se tornou insustentável e ele foi demitido no dia seguinte.