A operação desta quarta, deflagrada a partir de mandados expedidos por Marcelo Bretas, mira algumas das maiores bancas de advocacia do país. São pelo menos 72 alvos, entre advogados, seus escritórios e outras empresas que estariam relacionadas a negócios ilícitos no Sistema S do Rio.
A Lava-Jato do Rio já denunciou 26 alvos da ação de hoje por integrarem “uma organização criminosa de advogados mancomunados para desviar em benefício próprio e de terceiros valores milionários, inicialmente em prejuízo dos cofres da Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro – Fecomércio/RJ, e após do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial – Regional Rio de Janeiro (SENAC Rio) e do Serviço Social do Comércio (SESC Rio)”.
Os investigados teriam cometido crimes de estelionato, peculato, tráfico de influência, exploração de prestígio, corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro, pertinência a organização criminosa e sonegação fiscal, havidos entre os anos de 2012
e 2018.
O esquema foi revelado, segundo a Lava-Jato, a partir de elementos produzidos em depoimentos, buscas e apreensões, extração de dados de smartphones, quebras judiciais de sigilo bancário, fiscal, telefônico e telemático e representação fiscal para fins penais da Receita Federal.
A delação de Orlando de Diniz, presidente da Fecomércio-RJ, do SESC e do SENAC Rio durante os crimes investigados, é o eixo principal da ação. Pelo menos 151 milhões de reais teriam sido desviados dos cofres do Sistema S pelo esquema.
Veja como o dinheiro desviado do Sistema S teria sido dividido entre os investigados, segundo a Lava-Jato: