Depois de se reunir com Lula e Rui Costa no Palácio do Planalto, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, informou há pouco que o presidente deverá anunciar na tarde desta segunda-feira, por volta das 15h, uma uma medida específica sobre a dívida do Rio Grande do Sul com a União, mas não apresentou detalhes para deixar o comunicado à cargo da Presidência.
Segundo Haddad, o anúncio será feito na presença de representantes do Senado, da Câmara dos Deputados e do STF, que serão mobilizados por Lula. Ele disse ainda que o governador Eduardo Leite está “totalmente sintonizado com essas diretrizes”.
O ministro também afirmou que a medida foi formulada desde quinta-feira, em contatos com a equipe do governador, e que ele e seus auxiliares no Ministério da Fazenda passaram todo o fim de semana trabalhando para chegar nesta segunda e “ter a segurança de que o caminho está bem pavimentado para o anúncio”.
“E assim, a cada dia, dois dias, novas medidas estarão sendo preparadas de acordo com a especificidade da necessidade atendida. Porque às vezes é a família, às vezes é o empresário, às vezes é o agricultor, ou o município, ou o estado. Então nós estamos sendo bastante criteriosos para tomar as medidas de acordo com uma formatação adequada e sustentável, sempre com o acompanhamento dos demais Poderes e do Tribunal de Contas [da União]. O presidente Bruno Dantas tem feito questão de se fazer presente, de se colocar à disposição para que tudo seja feito com muita transparência”, comentou Haddad, em conversa com jornalistas.
Questionado se a concessão também será estendida a outros estados, o ministro disse que, nesse momento, é o governo federal vai atender a calamidade no Rio Grande do Sul. “Vai chegar o momento em que nós vamos retomar um debate que já havia sido iniciado, mas que foi interrompido em virtude dessa situação”, declarou.
Haddad informou ainda que propostas de medidas mais direcionadas à população gaúcha atingida pelas fortes chuvas e enchentes, como um auxílio emergencial, já chegaram à pasta e que ele deverá levar “alguns cenários” ao presidente Lula ainda nesta segunda e “amadurecer” até esta terça, para eventualmente anunciar ainda essa semana um apoio direto às famílias, para além daqueles já anunciados pelos ministérios da Previdência e do Trabalho — incluídos no pacote de 51 bilhões de reais para o estado.