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Lula diz que afastará ministro se investigação de corrupção avançar no STF

"Se o procurador indiciar você, você sabe que tem que mudar de posição", disse o presidente a Juscelino Filho, o ministro das Comunicações

Por Robson Bonin Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Gustavo Maia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 26 jun 2024, 13h08 - Publicado em 26 jun 2024, 10h36

O presidente Lula disse, nesta quarta, que o ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil), será afastado do cargo se a investigação da Polícia Federal, que resultou no indiciamento do auxiliar, avançar na PGR e no STF.

Juscelino foi indiciado recentemente por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa num caso sobre suposto desvio de verbas de emenda parlamentar. A investigação envolve repasses para Vitorino Freire, cidade comandada pela irmã do ministro, Luanna Rezende. Juscelino afirma que é inocente.

“Veja, há um pedido de indiciamento da Polícia Federal, há um pedido de indiciamento, que tem que ser aceito ou pelo Alexandre de Moraes ou pelo procurador-geral da República, e não foi aceito por nenhum ainda, não discutiu. Então eu, como já fui vítima de calúnia, já fui vítima de difamação, já tive proibido o direito de me defender, não tive direito a presunção de inocência, o que eu disse para Juscelino? ‘Primeiro, a verdade só você que sabe, só você sabe. Então, é o seguinte: se o procurador indiciar você, você sabe que tem que mudar de posição. Enquanto não houver indiciamento, você continua como ministro””, declarou Lula, em entrevista ao UOL.

Ministro já foi indiciado

Diferentemente do que disse o presidente, a PF já indiciou o ministro. Agora, cabe à Procuradoria-Geral da República decidir se vai denunciá-lo ao Supremo, onde o relator do inquérito é o ministro Flávio Dino, ex-colega de Juscelino no governo Lula, e não Alexandre de Moraes. No STF, a eventual denúncia pode ser recebida, o que tornaria o ministro réu, ou rejeitada.

“[Se o indiciamento for aceito] Ele tem que ser afastado, ele sabe disso”, declarou Lula, acrescentando que precisaria discutir o que seria feito nesse caso.

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Questionado sobre a reação de Juscelino ao seu recado, o presidente disse que a informação que ele teve é que o ministro “ficou agradecido” por ele ter dito que todo mundo para ele é inocente até que provem o contrário. “A minha filosofia não é que todo mundo é ladrão até que provem o contrário”, comentou.

O precedente de Walfrido dos Mares Guia

Na sequência, o presidente lembrou de um “caso específico” do segundo segundo mandato e disse ter afastado o então ministro de Relações Institucionais, Walfrido dos Mares Guia, que era um dos seus “grandes companheiros”, porque ele foi indiciado — na verdade, ele foi denunciado ao STF pelo chefe da PGR na época, Antonio Fernando de Souza.

“E todo mundo sabe que tem que ser assim. Aliás, eu acho que o próprio ministro é que toma a iniciativa e fala: ‘presidente, eu vou deixar seu governo em paz’. E aí nós vamos conversar”, afirmou o petista. Na ocasião, Mares Guia pediu afastamento do ministério, o que foi aceito por Lula.

Para concluir o assunto, o presidente disse que não gosta de antecipar discussões porque aprendeu que deve se discutir sempre o importante, o principal. “O resto fica para depois. Então, veja, quando se apresentar o fato concreto, eu vou me reunir com as pessoas do União Brasil e vou saber se elas querem continuar, se não querem continuar. É muito simples”.

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