Ex-diretora da Secretaria de Desestatização, da gestão de Paulo Guedes à frente da Economia no governo Bolsonaro, Marina Helena é a pré-candidata do Partido Novo às eleições municipais de São Paulo, em 2024. Entre suas propostas, está “dar os incentivos corretos” para melhorar a aprendizagem dos estudantes das creches ao ensino fundamental.
“A gente vai ter que focar, de fato, no aluno, para melhorar a aprendizagem e aí, normalmente, como você faz? Você muda os incentivos”, disse Marina ao Radar.
“Você remunera diferente aquelas escolas, professores, gestores, que estão naquelas escolas que conseguem melhorar o rendimento acadêmico dos alunos”.
Segundo a economista, muitos professores se sentem inseguros de ir dar aula em determinados colégios e a solução seria melhorar a remuneração dos profissionais.
“Aquilo que você gastaria com professores temporários, você consegue investir e melhorar a questão da aprendizagem”, projetou.
A pré-candidata também defende a criação de parcerias público-privadas para gerir escolas e viabilizar o contraturno para treinar as crianças em habilidades financeiras, comunicacionais e socioemocionais, em vez de deixá-las nas ruas. Ela usa como exemplo os contratos de Organizações Sociais de Saúde.
“Hoje, aqui em São Paulo, por exemplo, o melhor hospital é o de M’Boi Mirim, que tem uma gestão privada. Então, você pode ter essas parcerias, tanto no sistema de saúde, tanto o médico, o posto de saúde, quanto nas escolas”.
Na área econômica, Marina Helena critica os vetos do município à Lei de Liberdade Econômica e afirma que a burocratização é um empecilho para criação de novos negócios e aumento de oportunidades de emprego. Ela também ataca a cobrança de impostos na cidade.
“Você tem um aumento de 19%, em termos reais. É uma loucura isso, em termos de arrecadação do município nos últimos dois anos. Então, isso foi aumento, de fato, de carga tributária num período em que a renda do paulistano caiu”.
Outro ponto de destaque nas propostas de Marina Helena para São Paulo é a segurança pública. Ela diz que a insegurança é, inclusive, um empecilho para a população procurar oportunidades de emprego.
“São Paulo utiliza 0,8% das suas receitas com segurança, menos de 1%. E todo mundo está preocupado com isso. Não faz nenhum sentido em termos de alocação de recursos para se destinar tão pouco”.
Para a pré-candidata, o município deve ser protagonista no combate à criminalidade, em uma gestão conjunta com o governo estadual. Ela propõe investimentos em inteligência, e uma melhor divisão de atribuições entre a Guarda Municipal e a Polícia Militar.