Molon resolve lutar contra o hegemonismo petista na esquerda
Deputado e candidato ao Senado, ele vai para a campanha com o dinheiro que os apoiadores dele decidirem doar ao seu projeto
Até decidir apoiar Lula para derrotar Jair Bolsonaro, o PSB tinha um discurso crítico ao hegemonismo do PT na esquerda.
Para unir forças contra o bolsonarismo, os socialistas guardaram suas reservas sobre o estilo petista de fazer política e retiraram candidaturas importantes em diferentes estados em nome de postulantes do partido de Lula.
A legenda de Carlos Siqueira até aceitou servir de barriga de aluguel para Marcelo Freixo, o nome de Lula para o governo do Rio.
O hegemonismo petista, no entanto, não se deu por satisfeito e colocou sua máquina de moer projetos políticos na esquerda para tentar enquadrar o deputado Alessandro Molon e derrubar sua candidatura ao Senado.
Molon viu seu próprio partido, em nome de preservar o apoio petista em Pernambuco, golpear seu projeto ao tentar asfixiar financeiramente sua candidatura.
O deputado, depois de muita pressão para abrir caminho ao PT no Rio, decidiu lutar contra o hegemonismo petista. Vai para a campanha com o dinheiro que os apoiadores dele decidirem doar ao seu projeto.
Molon tem votos declarados de uma longa lista de artistas e personalidades do Rio. Ao ser vítima do serviço sujo de um partido que se diz aliado, ganhou um presente do petismo: sua candidatura virou um ato de resistência ao velho PT.
No Rio, muitos eleitores de Lula rejeitam o PT. Uma coisa é votar no ex-presidente. Outra, aturar o velho petismo de guerra, só interessado no poder pelo poder, sem projetos nem pensamento coletivo. Molon sabe disso e vai até o fim.