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Na contramão do planeta, Bolsonaro isola Brasil no culto à cloroquina

Estados Unidos, tão admirados pelo presidente, desmoralizaram o uso da droga; aqui, governo amplia orientação de uso

Por Mariana Muniz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 16 jun 2020, 07h55 - Publicado em 16 jun 2020, 06h03
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  • Jair Bolsonaro e Donald Trump na Cúpula do G20, em Osaka - 28/06/2019 (Twitter/Reprodução)

    Jair Bolsonaro não esconde sua admiração pelos Estados Unidos e sua devoção por Donald Trump. Desde que assumiu o Planalto, manteve-se fiel ao relacionamento mesmo nas escapadas do parceiro americano – na primeira patinada na OCDE, no fechamento de fronteira a passageiros saídos do Brasil e, recentemente, na crítica ao trabalho do Planalto na pandemia.

    Para ficar próximo do ídolo nessa guerra ao coronavírus, Bolsonaro copiou a campanha de Trump pela cloroquina. Trouxe a ideia ao Brasil, colocou militares do Exército para torrar uma montanha de dinheiro na produção do medicamento milagroso e não sossegou enquanto não obrigou o Ministério da Saúde a adotar um protocolo orientando médicos de todo país a receitarem o medicamento para pacientes com a doença.

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    Esse protocolo do ministério, baixado, não por um médico, mas pelo general Eduardo Pazuello, vai completar nesta semana um mês em vigor. Nesta segunda-feira, contra todas as evidências da comunidade científica internacional que colocaram a cloroquina em descrédito, o governo decidiu dobrar a aposta e anunciou que o uso precoce da droga será estendido até para crianças e grávidas.

    Devoto dos americanos, Bolsonaro poderia ouvir a mensagem que vem da terra de Trump. Nesta segunda, a poderosa FDA, agência que atua como a Anvisa nos Estados Unidos, revogou a permissão de emergência para o tratamento com cloroquina e hidroxicloroquina contra coronavírus no país.

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    Motivo? Os americanos explicaram que não “é razoável acreditar que os fatores conhecidos e os potenciais benefícios desses produtos superem seus riscos conhecidos e potenciais”. É um filme antigo, visto aqui na gestão de Luiz Henrique Mandetta e de Nelson Teich, que tentaram barrar a adesão apaixonada ao medicamento.

    Embora tudo seja possível, é de se esperar que Trump não desafiará a decisão da agência, tendo em vista que pode ser responsabilizado por isso. E Bolsonaro, como fica?

    Sempre é tempo para reconhecer erros, voltar atrás, buscar a rota correta e tentar construir em vez de apenas trombar. Que o presidente siga sua inspiração americana, pare de boicotar o trabalho dos profissionais de saúde e dos estados na guerra à pandemia, abandone muletas como a cloroquina, e forme uma frente nacional de combate ao vírus. Há exemplos ótimos vindos dos Estados Unidos. Ouvir a ciência, é um deles.

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