No pedido feito ao STJ para que as medidas de busca e apreensão — com especial atenção aos telefones celulares — realizadas contra o governador de Santa Catarina fossem tomadas, a PGR cita a intensa movimentação de negociações dos “grupos de zap”, um dos quais Carlos Moisés participava.
Por isso, o ministro Benedito Gonçalves, na decisão que autorizou o cumprimento das ordens, destacou o “uso acentuado dos aparelhos eletrônicos para comunicação entre os membros da suposta organização criminosa” para justificar a apreensão e a quebra das barreiras de proteção dos celulares, apontada por ele como “intensa interferência no direito à intimidade”.
Por considerar a gravidade dos supostos crimes em apuração, contudo, o ministro autorizou que a PF acessasse os dados contidos nos aparelhos “sobretudo dos dados, informações e todos os tipos de registros armazenados ‘na nuvem'”.
Moisés, que é do PSL, é investigado pela compra emergencial de respiradores pulmonares no valor de 33 milhões de reais pagos com possível sobrepreço e desrespeito às regras para dispensa de licitação.