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No México, Lula faz apelo por paz mundial: ‘Governantes, baixem as armas’

Ex-presidente pediu negociação pacífica entre mandatários da Rússia, Ucrânia, EUA e representantes da União Europeia

Por Laísa Dall'Agnol Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 2 mar 2022, 22h14 - Publicado em 2 mar 2022, 21h46

Em visita ao México nesta quarta-feira, o ex-presidente Lula (PT) fez um apelo para que líderes mundiais resolvam de forma pacífica o conflito entre Rússia e Ucrânia.

Durante assembleia do partido progressista Morena, na Cidade do México, o petista pediu que a plateia ficasse de pé em um ‘gesto’ aos presidentes Joe Biden (EUA), Vladimir Putin (Rússia), Volodymyr Zelensky (Ucrânia), além dos demais mandatários europeus.

“Governantes, baixem as armas, sentem na mesa de negociação, e encontrem a solução para o problema que levou vocês ao começo de uma guerra. O mundo precisa de comida, de emprego, de educação, o mundo precisa com que as pessoas sejam tratadas com respeito. O mundo precisa que 900 milhões de pessoas que passam fome possam comer, e não de guerra”, afirmou Lula.

O ex-presidente citou, ainda, que o Brasil foi contra a “obsessão” do ex-presidente americano George W. Bush em capitanear uma guerra contra o Iraque após o atentado da Al Qaeda às Torres Gêmeas, em 2001 — e defendeu que caso Putin tivesse pedido para que o Brasil apoiasse a invasão à Ucrânia, o país também teria sido contra.

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Nesta quarta — com o voto do Brasil –, a Assembleia Geral da ONU aprovou por ampla maioria a resolução que condena a invasão russa na vizinha Ucrânia.

Apesar do posicionamento oficial do país nas Nações Unidas, o presidente Jair Bolsonaro tem evitado se posicionar sobre o conflito no leste europeu — e o movimento desagradou até mesmo aliados, como o ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo, que afirmou que Bolsonaro estaria reproduzindo “propaganda russa”.

Bolsonaro, inclusive, chegou a desautorizar o vice-presidente Hamilton Mourão quando este declarou, na última semana, que o Brasil não concordava com o avanço russo sobre o território ucraniano.

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