No Senado, Amorim nega que sugeriu a Lula novas eleições na Venezuela
“Isso é uma ideia que está aí, como surgem outras”, disse o ex-chanceler
Em audiência na Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado, o ex-chanceler Celso Amorim, assessor especial de Lula, negou ter apresentado ao presidente uma proposta de realização de novas eleições na Venezuela como solução para o conflito social e político no país vizinho.
“Isso é uma ideia que está aí, como surgem outras”, disse o diplomata brasileiro. “O que é curioso de novas eleições é que tanto um lado quanto o outro podia aceitar facilmente, se todos dizem que ganharam”, acrescentou. Amorim relatou ter ouvido a ideia em um contato com um interlocutor internacional.
No entanto, o próprio Lula, em entrevista concedida na manhã desta quinta-feira à Rádio T, em Curitiba, citou a possibilidade de Nicolás Maduro convocar novas eleições, “se ele tiver bom senso”.
“Se houvesse novas eleições, teria que ser com uma verificação (internacional) importante, sólida, robusta, mas isso implicaria o levantamento de sanções pela União Europeia”, afirmou o ex-chanceler.