O acordo de Múcio e Mercadante no BNDES pela indústria de defesa nacional
O ministro da Defesa e o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social assinaram protocolo de intenções nesta quinta
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, e o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, assinaram nesta quinta, na sede do banco no Rio de Janeiro, um protocolo de intenções para a realização de estudos e estruturação de iniciativas que apoiem a base industrial de defesa nacional.
Participaram do encontro os comandantes do Exército, general Tomás Paiva, da Marinha, almirante Marcos Sampaio Olsen, da Aeronáutica, brigadeiro Marcelo Damasceno, e o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, almirante Renato Aguiar Freire.
Decidiu-se ainda criar a comissão BNDES-Segurança, com representantes das três forças, do Ministério da Defesa e da equipe técnica do banco, com o objetivo de estudar modelos de suporte financeiro às empresas públicas de defesa.
Para Mercadante, a criação de instrumentos financeiros adequados à realidade do setor é um dos principais gargalos enfrentados atualmente. O presidente do BNDES lembrou que Estados Unidos e União Europeia têm voltado a adotar instrumentos de política industrial, e o Brasil não pode ficar alheio ao que acontece no restante do mundo, ainda mais em um contexto de guerras na Europa e no Oriente Médio.
“É preciso criar instrumentos mais flexíveis, que permitam chegar a uma taxa de juros menor. O que é estratégico precisa ter uma taxa de juros mais competitiva”, afirmou Mercadante.
Durante a reunião, o BNDES também apresentou ao ministério e às forças o relatório final do seminário “4ª Revolução Industrial: Desafios para Defesa, Segurança e Desenvolvimento Nacional”, que o banco sediou no final de setembro.