Nos próximos dias, um dos maiores símbolos da Lava-Jato vai completar quatro anos. Em junho de 2015, VEJA apresentou ao país as revelações explosivas da delação do empreiteiro Ricardo Pessoa, espécie de coordenador do “Clube do Bilhão” das empreiteiras que dividiam obras na Petrobras.
Em um dos anexos, o empreiteiro da UTC narrava segredos de sua relação com o homem do dinheiro do PT, o tesoureiro João Vaccari Neto. O petista aparecia cobrando propina, recebendo propina, tratando de propina.
Só que tinha um detalhe. Segundo Pessoa, ao pegar o dinheiro sujo, Vaccari não gostava de mencionar a palavra propina, suborno, dinheiro ou algo que o valha. Por pudor, vergonha ou por mero despiste, ele buscava na sede da empreiteira o… “pixuleco”. Assim, a reunião terminava com a mochila do tesoureiro cheia de “pixulecos” de 50 e 100 reais.
Depois das revelações de VEJA, os caminhos de Lula se cruzariam com um certo boneco inflável e sua vida nunca mais seria a mesma.