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O mea-culpa de Lula pela rejeição inédita do Senado ao indicado para a DPU

Igor Roque teve seu nome vetado pelos senadores por 38 votos a 35, na última quarta-feira

Por Gustavo Maia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 10 Maio 2024, 08h18 - Publicado em 27 out 2023, 16h20
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  • Dois dias depois a inédita rejeição do Senado ao indicado de Lula para o comando da Defensoria Pública da União, o presidente fez nesta sexta-feira um quase mea-culpa sobre a derrota. Segundo na lista tríplice da categoria enviada ao Planalto ainda no ano passado, Igor Roque foi indicado pelo petista no primeiro semestre, foi sabatinado e aprovado na CCJ no dia 11 de julho, mas teve seu nome vetado pelos senadores no plenário por 38 votos a 35, na última quarta-feira, após mais de três meses de espera.

    “O fato de eles [senadores] não terem aprovado o Igor para a Defensoria Pública, possivelmente eu tenha culpa, porque eu estava hospitalizado, eu não pude conversar com ninguém a respeito dele, não pude sequer avaliar se ele fosse ser votado ou não. Sabe? Eu lamento profundamente. Eu não sei com quantos senadores ele conversou, não sei se ele conversou com os lideres do governo, mas possivelmente eu tenha culpa de ter sido internado dia 29 [de setembro] e não ter falado com nenhum senador a respeito dele”, declarou Lula durante um café da manhã com jornalistas, no Palácio do Planalto.

    “E quando a gente indica alguém, a gente avalia muito o momento da votação para saber se vai ser aprovado ou não. E tinha 74 votos no quórum, o nosso pessoal achou ia ser tranquilo e não foi tranquilo. Paciência. Eu vou ter que indicar um outro. E vou ter que ter mais cuidado de conversar com quem vota, que não sou eu, é o senador da República. Eu não vejo nisso um problema”, complementou.

    Eram necessários pelo menos 41 votos para que a indicação fosse aprovada. A situação de Igor Roque já era tida como delicada desde o retorno do recesso parlamentar e a votação vinha sendo adiada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, para que ele tentasse se viabilizar junto aos senadores.

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