O petista que tenta barrar os planos de Lula na Bahia
'O PT é um partido político, diferente de outros, que não tem dono, tem instâncias de decisão que são respeitadas', diz Jorge Solla
Deputado federal e um dos quadros históricos do PT na Bahia, Jorge Solla reagiu no fim de semana ao anúncio de Jaques Wagner de que irá se retirar da disputa ao governo do estado para favorecer a negociação de alianças nacionais em torno de Lula.
Para o petista, a manobra articulada entre Lula, Wagner e o atual governador Rui Costa não tem sustentação partidária e merece ser discutida e aprovada pelo partido. O deputado defende que Wagner busque um novo mandato no Palácio de Ondina.
Aliados do petista dizem que o governador e o grupo de Wagner não teriam maioria no momento para aprovar uma saída do petismo da disputa em nome de Otto Alencar, do PSD, ou outros postulantes da aliança.
“Diante a divulgação na imprensa de formulações e montagens de chapa à eleição estadual na Bahia, declaramos que não reconhecemos nenhuma decisão que não passe pelas devidas instâncias partidárias”, disse Solla no fim de semana.
“O órgão máximo de definição da tática eleitoral é o encontro partidário. O PT é um partido político, diferente de outros, que não tem dono, tem instâncias de decisão que são respeitadas. Conclamo as bancadas federal e estadual do PT, prefeitos e vereadores, dirigentes e militância, a defender a candidatura própria do PT com Wagner governador”, seguiu Solla.