Vendo toda essa confusão crida por Lula na briga com Roberto Campos Neto, o ex-presidente Michel Temer lembra que buscava evitar, no Planalto, dar declarações sobre juros ou sobre o Banco Central.
Temer entendia que qualquer fala fora do lugar poderia prejudicar a economia. “Nessa questão dos juros, eu tomava muito cuidado, porque qualquer palavra do presidente da República causa um problema danado no mercado”, diz o ex-presidente.
Em 2016, por exemplo, muito antes de a autonomia do BC virar realidade, Temer defendeu o trabalho da instituição: “O Banco Central tem plena autonomia para definir a taxa de juros. A política monetária tem como prioridade combater a inflação, e este é o objetivo central do meu governo”.
Lula, como se sabe, faltou nessa aula.