Nas 32 páginas da decisão de Alexandre de Moraes, que manda a Polícia Federal cumprir mandados de busca contra 29 alvos bolsonaristas, os investigadores da PF demonstram terem colhido provas da atuação de robôs bolsonaristas para inflar o apoio do chamado “povo” de Jair Bolsonaro nas redes.
Segundo os investigadores, as buscas são necessárias para colher provas materiais de conversas em grupos de WhatsApp e dados sobre o financiamento clandestino do “gabinete do ódio” por empresários bolsonaristas.
“As postagens são inúmeras e reiteradas quase que diariamente. Há ainda indícios que essas postagens sejam disseminadas por intermédio de robôs para que atinjam números expressivos de leitores”, diz o relatório da PF citado por Moraes.
“Toda essa estrutura, aparentemente, está sendo financiada por um grupo de empresários que, conforme os indícios constantes dos autos, atuaria de maneira velada fornecendo recursos (das mais variadas formas), para os integrantes dessa organização”, seguem os investigadores.
“Essas tratativas ocorreriam em grupos fechados no aplicativo de mensagens whatsapp, permitido somente a seus integrantes. O acesso a essas informações é de vital importância para as investigações, notadamente para identificar, de maneira precisa, qual o alcance da atuação desses empresários nessa intrincada estrutura de disseminação de notícias fraudulentas”, afirma a PF.