A Comissão Parlamentar de Inquérito que pretendia investigar irregularidades na Universidade estadual do Rio de Janeiro (Uerj) foi duramente atacada por Jorge Picciani.
Segundo grampo feito pelo Ministério Público Federal, o deputado interferiu e restringiu a investigação.
“Os reveses sofridos pela organização criminosa não foram capazes de inibir o prosseguimento das práticas ilícitas, muito menos diminuiu o poder do presidente da ALERJ, que segue ditando as regras e pautando a atuação de seus pares, como se pode verificar no episódio envolvendo a instalação da CPI da UERJ”, explica o MPF.
“No telefone de Picciani, apreendido na operação Quinto do Ouro, cujo compartilhamento foi devidamente autorizado pelo Ministro Félix Fischer, há registros de mensagens trocadas com o deputado Tutuca, no qual foi possível verificar que o presidente da ALERJ, depois de dar o aval para instalar a comissão parlamentar de inquérito, orientou o interlocutor a limitar o objeto da investigação, de modo a não atingir o governo: “tem que ser em cima da folha senão vira contra o Governo que não passa no custeio”, revela o MPF.