O governo Michel Temer é vintage.
Primeiro, o presidente interino se notabilizou por mandar cartas — com direito a citações em latim –, na época em que ainda era um “vice decorativo”.
Em seguida, diante da falta de familiaridade com meios como WhatsApp, passou a recorrer ao velho e bom telegrama nas comunicações com deputados e senadores.
Nos discursos, o presidente em exercício reabilitou as mesóclises, que andavam fora de moda desde Janio Quadros.
Agora, por fim, na hora de batizar um de seus primeiros programas sociais, Temer não teve dúvida: tascou o nome de Cheque-Reforma.
Resta saber quem no Brasil ainda usa cheque. Mesmo os assistidos por programas voltados à baixa renda já recebem os benefícios por cartões eletrônicos.