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Prisão de Zambelli ofuscou motociata de Bolsonaro nas redes

Sem ajuda de nomes da direita, como Nikolas Ferreira, e sem furar a bolha, ato do ex-presidente foi soterrado por postagens sobre a prisão da aliada em Roma

Por Robson Bonin Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 30 jul 2025, 09h55 - Publicado em 30 jul 2025, 09h30

Aliados de Jair Bolsonaro pegaram carona, nesta terça, no maior festival de motos e rock da America Latina, o Capital Moto Week, para promover um ato em defesa do ex-presidente, que caminha para ser julgado no STF, em setembro, por liderar a trama golpista.

O plano bolsonarista jogava com a ausência de notícias nesta semana de recesso judicial e parlamentar em Brasília para dominar as redes e as manchetes com imagens da tal motociata.

O plano ruiu ainda durante a manifestação, quando agentes da Polícia Federal e da polícia italiana prenderam a deputada Carla Zambelli em Roma. A notícia rapidamente soterrou o tráfego nas redes que começava a ganhar força com imagens da manifestação a favor de Bolsonaro.

Um estudo da Ativaweb sobre as postagens no X, Instagram, Facebook e TikTok, nesta terça, mostra que Bolsonaro gerou 1,2 milhão de interações nas redes com a motociata. Já a prisão de Carla Zambelli resultou em 2,3 milhões de interações.

“A diferença de 1.111.294 interações mostra como o caso Zambelli provocou uma reação mais imediata e viral. Zambelli foi tema transversal: envolveu política nacional, Justiça, relações internacionais e traição interna. A reação foi rápida e transversal”, diz Alek Maracajá, CEO da Ativaweb. “Já a motociata teve presença, mas não furou de bolha: o evento foi noticiado, mas sem ativação coordenada de redes bolsonaristas como em anos anteriores”, segue Maracajá.

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Em português claro, os dados das redes mostram que Zambelli ofuscou mais uma vez o clã Bolsonaro. A prisão da deputada, no entanto, esteve longe de unir a direita contra o STF. Ao contrário: “A ausência de apoio explícito de grandes nomes da direita à Zambelli mostra uma fragmentação discursiva”, diz o estudo.

A prisão de Zambelli gerou 64% de interações negativas para a deputada, 22% neutras e só 14% solidárias.

A motociata de Bolsonaro, embora significativamente menos relevante nas redes, atraiu mais cometários positivos por causa da bolha bolsonarista. Foram 48% de interações solidárias, 35% neutras e 17% negativas ao capitão.

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A baixa mobilização de figuras influentes de direita nas redes, como o deputado Nikolas Ferreira, que foi atacado por Eduardo Bolsonaro nesta semana, é um dos fatores que reduziram o apelo da manifestação a favor de Bolsonaro. “A movimentação gerou destaque moderado nas redes — porém com baixa mobilização de grandes nomes da direita (ex: Nikolas Ferreira não publicou no feed, apenas nos stories)”, diz o estudo.

“A ausência de apoio explícito de grandes nomes da direita a favor de Zambelli mostra uma fragmentação discursiva”, diz Maracajá.

A partir dos dados, o estudo tirou duas conclusões:

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1 – Zambelli virou símbolo de punição pública, amplamente explorado por oposição e veículos de mídia.
2 – Bolsonaro mantém capital simbólico com sua base, mas o efeito foi localizado, sem alavancagem estratégica.

“A Ativaweb não mede curtidas. Mede pulsos sociais. Nossos estudos transformam dados em diagnóstico e percepção em poder de decisão. A leitura combinada das plataformas mostra que quem ativa a rede multiplica o impacto. Quem se omite, perde
algoritmo”, diz Maracajá.

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