Privatização do Porto de Santos combate o crime, defende Afif Domingos
Secretário de Tarcísio diz que proposta antagonista ao governo Lula seria a melhor alternativa para o desenvolvimento do litoral paulista
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, se reuniu nesta semana com o ministro da Casa Civil de Lula, Rui Costa, para discutir as prioridades paulistas no novo PAC, que deve ser anunciado em julho. Durante a conversa, mais uma vez, a visão antagônica sobre a gestão do Porto de Santos foi exposta.
Dessa vez, o centro do debate foi sobre o túnel Santos-Guarujá. O governo estadual quer fazer a obra por meio de uma parceria público privada, enquanto o Planalto acredita que a melhor alternativa é usar o Tesouro da União.
Para o secretário de Projetos Estratégicos de São Paulo, Guilherme Afif Domingos, a discussão reflete a diferença entre os governos em toda a gestão da região portuária. O ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, defende que, assim como os maiores portos do mundo, o de Santos deve ser público. O governo do Estado quer privatizar.
“Santos precisa muito de emprego e vive só do Porto. A privatização do porto daria uma oportunidade de um distrito industrial, que já foi Cubatão. Há crime crescente na região, em Guarujá, no entorno do Porto”, afirmou Afif Domingos.
Para o secretário, o investimento da iniciativa privada traria mais oportunidades à região, o que diminuiria, inclusive, a força do crime organizado na região.
Além do túnel Santos-Guarujá, Tarcísio incluiu o Trem Intercidades SP-Campinas e a extensão da linha Verde do metrô da capital paulista entre as obras prioritárias do PAC.