A Lei Geral de Proteção de Dados, a LGPD, passou a vigorar em 18 de setembro do ano passado e definiu as regras para a coleta e o armazenamento de dados de clientes e consumidores pelas empresas e prestadoras de serviços em geral. Desde agosto deste ano que estão em vigor as multas aplicadas pela autoridade nacional criada para fiscalizar a adoção das medidas de proteção dos dados pessoais da população.
De acordo com uma pesquisa da consultoria PwC Brasil com 100 empresas, 31% disseram ainda estarem se preparando para a adoção das novas regras. Outras 48% se disseram prontas para cumprir com a legislação. Das empresas que tomaram medidas para proteger as informações pessoais de seus usuários, 52% investiram em políticas previstas na LGPD sobre o uso de dados sensíveis dos titulares.
Mais da metade da amostra, ou 53% das empresas ouvidas, disse não ter um orçamento específico para prevenção e combate a ataques cibernéticos que, segundo a consultoria, é das formas mais usadas para o roubo de dados que não são públicos.
Somente 18% das empresas investem de 0% a 5% de seus faturamentos para este fim, enquanto 12,9% aplicam de 6% a 10% das receitas neste tipo de proteção. Quase metade, ou 41,5% da amostra, não sabe se tem proteção atualizada contra algum tipo de ataque.
A pesquisa indicou ainda os custos de implantação das novas regras. Para pequenas e médias empresas, eles podem variar de 50.00 reais a 800.000 reais. Já nas grandes empresas, os valores ficam entre 1 milhão de reais e 5 milhões de reais.