A primeira Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro vai julgar, na quinta-feira, se a indenização de 110 milhões de reais da Petrobras a Nelson Tanure retida na Justiça vai para o bolso de credores trabalhistas, em sua maioria ex-jornalistas do Jornal do Brasil, a quem o empresário deve 60 milhões de reais, ou os cofres do Citibank, outro credor de Tanure.
O mesmo tribunal já tomou uma decisão de primeira instância favorável a 14 jornalistas em 2011. Depois de a juíza Sílvia Criscuolo estender a decisão a mais 64 deles, contudo, o Citibank entrou com um recurso que contestou o a extensão e culminou no julgamento desta quinta-feira.
Esse cabo de guerra entre o Citibank e os jornalistas, que têm preferência no recebimento por serem credores trabalhistas, já se arrasta há dois anos e pode chegar ao STJ, onde o banco entrou com recurso logo depois da decisão de 2011.
O relator do julgamento de quinta-feira é o desembargador Camilo Ribeiro Ruliere.