A Segunda Turma do STF arquivou a denúncia por organização criminosa contra o chamado “quadrilhão do PP”, que envolvia o presidente da Câmara, Arthur Lira, o senador Ciro Nogueira, o deputado federal Aguinaldo Ribeiro e do ex-deputado Eduardo da Fonte.
Na denúncia, que havia sido aceita em 2019, a PGR afirmava que os integrantes do PP — o maior expoente do Centrão, que hoje apoia Jair Bolsonaro — se uniram para desviar recursos da Petrobras, por meio da indicação de apadrinhados para ocupar diretoria da estatal em troca de apoio ao governo Lula.
Votaram pelo arquivamento os ministros Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Nunes Marques. Ficaram vencidos o relator, ministro Edson Fachin, e a ministra Cármen Lúcia.
Para Gilmar, a denúncia da PGR por organização criminosa foi fruto de “criminalização da política”.”O fato de um deputado assumir a liderança do partido ou o nome de seu partido ter sido proposto para ministro de Estado não o faz participante de uma organização criminosa”, disse.