O acionista majoritário da SAF do Botafogo, John Textor, pediu aos senadores da CPI da Manipulação de Jogos uma reunião a portas fechadas para apresentar provas detalhadas e o nome de jogadores de clubes da Série A do Campeonato Brasileiro que, segundo ele, tiveram desvios de conduta suficientes para levantar a suspeita de que atuaram para direcionar os resultados de partidas.
Ele afirmou que quer provar que os jogos foram manipulados para Justiça Desportiva, polícia e Senado investigarem.
Em sua fala inicial, o bilionário norte-americano afirmou que começou a suspeitar de manipulação quando assistia, em 27 de agosto de 2023, à vitória por 1 a 0 do Palmeiras sobre o Vasco, em que a equipe carioca teve um gol anulado.
De acordo com o empresário da Eagle Football, a linha do VAR que determinou a marcação do impedimento foi traçada de forma propositadamente enviesada — e, se tivesse sido desenhada corretamente, teria resultado na validação do gol cruzmaltino.
Textor também citou a goleada do Palmeiras sobre o São Paulo por 5a 0, em 25 de outubro de 2023. Disse que, com uma metodologia baseada em inteligência artificial, detectou um número muito acima da média de “deficiências” nas ações de cinco jogadores do tricolor paulista.
Em repetidas ocasiões, o sócio majoritário do Botafogo disse que a tecnologia da empresa Good Game!, à qual tem recorrido, aponta “como”, mas não “por que” partidas foram manipuladas.
Apesar de ter colocado, várias vezes, a lisura da conquista das edições do Brasileirão de 2022 e 2023 pelo Palmeiras em xeque, Textor insistiu que nunca acusou o clube alviverde de estar por trás da manipulação da qual, segundo o norte-americano, teria supostamente se beneficiado.