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Transparência Eleitoral não encontra problemas graves nas eleições

ONG clama pelo reconhecimento do resultado das urnas pela população brasileira

Por Lucas Vettorazzo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 3 nov 2022, 08h30

A ONG Transparência Eleitoral acompanhou os dois turnos do processo eleitoral brasileiro e não encontrou problemas graves durante o pleito que coloquem em suspeição o resultado das urnas eletrônicas no Brasil. A entidade esteve presente em 15 estados, 54 cidades e quatro países.

A ONG acompanhou o dia da eleição em 653 seções eleitorais e o fechamento de 76 locais de votação. Também foram fiscalizados 57 locais de transmissão de dados eleitorais e a totalização de votos no TSE, em Brasília. A ONG exortou os eleitores a reconhecerem o resultado das eleições deste ano no país.

Em relatório divulgado nesta quarta, a ONG destacou algumas situações potencialmente problemáticas durante as eleições. A primeira seriam as grandes filas, observadas com mais intensidade no primeiro turno do que no segundo. A entidade, contudo, afirmou a questão não foi grave o suficiente para prejudicar o ato do voto.

“Em relação a organização, embora tenham sido presenciadas grandes filas em boa parte das seções eleitorais no Brasil e no exterior no 1° turno, no 2° turno a situação foi diferente. Segundo dados oficiais do TSE, a participação do eleitorado manteve-se na média, tendo 20,91% de abstenção (32.716.740 de eleitores). Somente no início da jornada eleitoral foram vistas filas, mas que fluíam com rapidez”, afirma o relatório.

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Sobre a violência política, a ONG relatou um aumento de casos de agressões entre eleitores e campanhas e assédio eleitoral em igrejas e empresas. Também foi observado um aumento significativo no fluxo de desinformação entre o primeiro e o segundo turno. A Transparência Eleitoral destacou que as empresas de tecnologia têm papel importante em tentar coibir a disseminação de fake news, além de ter saudado as providências inéditas do TSE no sentido de controlar a situação, derrubando conteúdos e grupos de mensagens com a rapidez que o pleito demanda.

“A TE Brasil reitera que não é possível utilizar-se de estratégicas que confundem a sociedade sob o pretexto do exercício da liberdade de expressão. Assim sendo, a TE Brasil chama a atenção para a responsabilidade das plataformas para que também sejam parte importante do enfrentamento à desinformação, pois se verifica que é somente por meio delas que será possível controlar situações já verificadas nas eleições 2018 e que se repetiram em 2022, em alguns casos com ainda mais contundência”, afirmou.

A Transparência também acompanhou a votação de dentro de presídios e institutos de internação de menores em conflito com a lei. Segundo a ONG, o ato do voto tem poder de gerar um sentimento de inclusão maior de pessoas em situação de privação de liberdade.

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“No caso dos institutos socioeducativos, os jovens se mostraram animados com a oportunidade de votar e demonstraram curiosidade com a urna eletrônica. Houve relatos dos mesários de como os jovens reagiram após o momento da emissão do voto, sentindo-se mais integrados com o que acontece na sociedade, mesmo os que antes tinham declarado não ter interesse a votar”, diz o relatório.
 

 

 

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