O Botafogo entrou com um pedido de recuperação extrajudicial na 1ª Vara Empresarial da Comarca da Capital da Justiça do Rio de Janeiro, elencando 404.925.450,83 reais em dívidas.
Alguns credores chamam atenção, como a Vale (8.586.300,62 reais), os irmãos João Moreira Salles (18.638.258,89 reais) e Walther Moreira Salles Júnior (18.638.258,89 reais), a antiga aérea TAM (22.975.210,68 reais) e o Ministério Público do Rio (1.248.718,05 reais).
O plano proposto pelo clube estipula um desconto de 90% nos pagamentos que fizer à vista aos credores, um deságio de 40% e o recebimento em até 156 parcelas, a ser iniciadas dois anos depois da eventual homologação da recuperação extrajudicial, ou um pagamento imediato de só 20.000 reais.
Para o advogado Gabriel de Britto Silva, especializado em direito empresarial, o tribunal deve analisar o plano “com muita prudência”, sob pena de legalizar um “calote”. “Pagar apenas 10% do que se deve e com isso ter ampla, geral e irrestrita quitação, a princípio, viola a razoabilidade e os mais basilares princípios de plausibilidade e bom senso”, afirmou.