No depoimento do publicitário Fabio Wajngarten à CPI da Pandemia no Senado — “estratégico”, como classificou o relator, Renan Calheiros —, o ex-chefe da Secom confirmou o que disse em entrevista a VEJA no mês passado: o governo Bolsonaro ignorou oferta da Pfizer para fornecer vacinas contra a Covid-19.
Questionado por Calheiros já há mais de uma hora, ele relatou que soube apenas no dia 9 de novembro do ano passado de um carta enviada pela farmacêutica no 12 de setembro anterior, endereçada ao presidente Jair Bolsonaro, ao gabinete dele, ao vice-presidente Hamilton Mourão, aos ministro Eduardo Pazuello (Saúde), Braga Netto (Casa Civil) e Paulo Guedes (Economia), e aos embaixador do Brasil nos Estados Unidos, Nestor Forster.
Ele declarou que até 9 de novembro, “ninguém havia respondido a essa carta”.
Durante o tenso depoimento, o ex-secretário de Comunicação entregou a CPI uma cópia da mensagem da Pfizer, a pedido do relator.