Recebo do deputado Paulo Pimenta (PT-RS), membro do Comitê de Solidariedade ao Povo Palestino, o e-mail que segue. O tal comitê é uma das entidades signatárias do pedido para que a reitoria da Universidade Federal de Santa Maria informe se há alunos e professores judeus no campus. A reitoria, para escândalo dos sensatos e dos decentes, decidiu atender à solicitação persecutória alegando cumprir a Lei de Acesso à Informação — que, obviamente, não se presta a isso. Mas vamos ao e-mail de Pimenta, como chegou. Volto em seguida.
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“Informo ao colunista e aos autores dos comentários ofensivos a minha pessoa que o suposto documento atribuído a mim, não é de minha autoria. Portanto um grave equívoco produzido pela má fé ou por mera imprudência. Aproveito para informar também aos interessados, que fiquei sabendo do episódio pela imprensa e que portanto, qualquer tentativa de me vincular ao fato, credito a mentes criativas, obviamente prejudicadas de sendo crítico, por motivações de ordem ideológica ou clínica.
Paulo Pimenta”
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Vamos lá. Má-fé e imprudência uma ova, meu senhor!
O que o senhor chama de “documento” é um artigo bucéfalo sobre a criação do Estado de Israel. Está lá na sua página, basta clicar aqui. Abaixo, vai uma imagem.
Eu o li nesta manhã. Noto que aparece, na última linha, a autoria: “Jamila Khalil Zardeh”. Já estava lá quando li na manhã deste domingo? É possível. Darei de barato que sim. E daí? Paulo Pimenta decidiu reproduzir o texto em sua página, abaixo de sua foto, sem nenhum reparo. É um sinal de que concorda com as barbaridades lá escritas. Má-fé é querer agora tirar o corpo fora.
Ninguém o vincula ao “fato”, deputado, mas ao “Comitê de Solidariedade ao Povo Palestino”, uma das entidades signatárias do pedido.
Quanto à falta de “senso crítico”, as “motivações ideológicas” ou “clínicas”, dizer o quê? Vamos fazer assim: ambos entramos num restaurante, em qualquer cidade do Brasil, bairro rico ou pobre, eu, como civil, e o senhor com a farda do PT. Vamos ver quem será mandado, na melhor das hipóteses, para o hospício.
Devagar aí, deputado! É o senhor quem deve explicações por manter um texto absurdo daqueles em sua página, não eu. Seu estilo sabidamente malcriado e truculento não me intimida. Ao contrário: ele me me inspira, se é que o senhor me entende. Vou corrigir a informação daquele outro post. O texto não é seu. O senhor apenas concorda com aquelas boçalidades. E assim? A coisa fica de boa-fé, suponho…