Conheço Miriam Aparecida Belchior desde o início da década de 80, quando eu, ela e Celso Daniel éramos militantes do mesmo núcleo do PT — o “Núcleo do Centro”, em Santo André. Tenho cá minhas dúvidas se ela sabe direito a diferença entre nota fiscal e duplicata. Não é burra, não. Tem formação intelectual, mas não é, digamos, do ramo bancário.
E vai presidir a Caixa Econômica Federal por quê? Porque é petista e fiel a Dilma, embora seja oriunda do campo lulista (nas priscas eras….). Mais uma vez, o comando de uma instituição bancária essencial fica sob o controle político, não técnico.
Quer uma boa notícia, leitor amigo? Com Miriam lá, a chance de os petistas de Lula tomarem conta do banco cai um pouco. Quer uma má notícia? Quem cuidará do assunto serão os petistas de Dilma. Se eu estiver com uma faca do Estado Islâmico no pescoço e tiver de escolher um dos dois grupos, escolho o de Dilma. Logo, não seria uma escolha…
Dilma já demonstrou o interesse em abrir o capital da Caixa. Espero que o faça. O outro nome disso é “privatização” de uma parte das ações do governo. Quanto mais mercado houver no banco oficial, melhor. Se ficar claro que uma das missões de Miriam é essa — mesmo não sabendo a diferença entre nota fiscal e duplicata —, o mercado reagirá bem.