Fortaleça o jornalismo: Assine a partir de R$5,99
Imagem Blog

Reinaldo Azevedo

Por Blog Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura
Continua após publicidade

O passado bate à porta do petista Pimentel; TSE manda reabrir investigação; por muito menos, um governador e um senador já foram cassados

Como é mesmo o nome do filme de que o governador Fernando Pimentel (PT), de Minas, está sendo protagonista? Lembrei: “O Passado Bate à Porta”. Parece que aquele que já foi considerado um dos petistas graúdos mais hábeis entrou num inferno astral. E ele pode se complicar. Além de ter agora um Bené no meio […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 01h12 - Publicado em 9 jun 2015, 07h39

Como é mesmo o nome do filme de que o governador Fernando Pimentel (PT), de Minas, está sendo protagonista? Lembrei: “O Passado Bate à Porta”. Parece que aquele que já foi considerado um dos petistas graúdos mais hábeis entrou num inferno astral. E ele pode se complicar. Além de ter agora um Bené no meio do caminho — o empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, amigão do governador e da sua mulher, Carolina, indiciado por formação de quadrilha e suspeito de ser caixa dois da campanha petista em Minas —, Pimentel vê o Tribunal Superior Eleitoral determinar que o TRE reabra uma investigação no Estado para saber se ele praticou abuso de poder político na eleição de 2014. A decisão é do ministro Gilmar Mendes.

Atenção! Pimentel e seu vice, Antonio Andrade, haviam sido acusados pelo PSDB de se beneficiar da ação do governo federal em Minas. De que modo? A presidente Dilma Rousseff fazia inaugurações ou anunciava programas no Estado e levava junto o candidato Pimentel. Segundo os tucanos, isso aconteceu em pelos menos oito ocasiões, em sete municípios do Estado. O TRE de Minas havia arquivado a denúncia afirmando inexistirem “elementos de prova da alegada correlação entre os programas de governo e pedidos de votos para os pré-candidatos”.

Mendes mandou reabrir o caso afirmando que o tribunal local, “na prática, não cuidou em reconstruir a verdade, como propugna a doutrina mais abalizada, mas sim em simplesmente presumi-la”. Sem entrar no mérito se houve ou não abuso, o ministro indaga qual era a intenção dos pré-candidatos ao participarem “como protagonistas de eventos e comemorações” em que houve “maciça distribuição de bens e serviços à população advindos de programas sociais do governo federal”.

Memória
Vamos aqui fazer uma memória rápida. Em 2005, o então senador João Capiberibe, e sua mulher, a deputada Janete Capiberibe, ambos do PSB do Amapá, tiveram seus mandatos cassados pelo TSE sob a acusação de que haviam comprado dois votos, por R$ 26 cada um. Capiberibe voltou ao Senado em 2011.

Cássio Cunha Lima, hoje senador pelo PSDB da Paraíba, teve seu mandato de governador cassado pelo TSE em 2007, o que só se efetivou em 2009, depois de esgotados todos os recursos, sob a acusação de ter distribuído 35 mil cheques-cidadão em 2006, ano em que disputou a reeleição.

Continua após a publicidade

Que coisa, não é? Dilma anunciou o reajuste do Bolsa Família e da tabela do Imposto de Renda em abril de 2014, em pleno ano eleitoral. Querem mais alguns números? Entre 2010 e 2013 — quatro anos —, o governo federal desembolsou R$ 14,7 bilhões com o Fies. Só em 2014, quando Dilma disputou a reeleição, foram R$ 13,75 bilhões. É por isso que o sistema quebrou.

O óbvio
Parece-me evidente que, quando um presidente da República inaugura uma obra num Estado com verba federal, arrastando consigo o seu candidato ao governo do Estado, está fazendo o que lei proíbe: abusando do poder político para favorecer um aliado. E o faz com chapéu alheio, já que o dinheiro é público.

Aliás, está na hora de rever também as ações de Dilma Rousseff nesse particular, não é mesmo? A explosão de gastos do governo federal em programas ditos sociais foi escandalosa. E em ano eleitoral. Não estamos falando dos R$ 4 milhões de Cássio ou dos R$ 52 reais de Capiberibe, mas de muitos bilhões.

Texto publicado originalmente às 5h09
Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.