Vocês lerão no post acima que o Ibradd (Instituto Brasileiro do Direito de Defesa) recorreu ao Supremo contra o pornográfico acordo de delação premiada conduzido por Rodrigo Janot e homologado por Edson Fachin, sob as bênçãos de Cármen Lúcia.
E aqui uma nota de lamento: é claro que não seria a OAB a fazer isso, não é mesmo? Prefere apresentar um ocioso pedido de impeachment do presidente Michel Temer — já há tanto… —, ignorando as múltiplas violências legais de que foi alvo.
Cláudio Lamachia, presidente do Conselho Federal da Ordem, demonstrou orgulho por aquele que seria o segundo impeachment em menos de dois anos… Dizer o quê?
Nesta segunda, optou pelo proselitismo vulgar para, acho eu, tentar disfarçar a pífia atuação da entidade na defesa de direitos fundamentais e, ora vejam, do próprio direito de defesa.
Referindo-se ao fato de que o presidente Michel Temer recebeu Joesley Bastista no Palácio do Jaburu, residência oficial, afirmou, de forma rude, o candidato a tribuno da plebe:
“Primeiro, o presidente não deveria nem ter recebido (Joesley). Se eu sei que alguém é um delinquente, eu não recebo aqui na OAB. Não vou receber alguém que, sabidamente para mim, é um delinquente e um fanfarrão numa audiência na Ordem, quiçá na minha casa, na minha residência, na garagem, no porão, seja onde for.”
Temer recebia um dos maiores empresários do mundo. E não tem de se comportar como juiz de um processo informal. Voltarei ainda a esse aspecto.
Muito bem! Então o doutor deveria empregar toda essa sua verve condoreira na crítica às ilegalidades de que Temer está sendo vítima e também para lamentar a mamata concedida aos Batistas.
O doutor Lamachia pode não “receber fanfarrões”. Mas, no caso em tela, a gente vê que ele não se opõe a que eles sejam beneficiados, uma vez mais, pelo Poder Público.