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Reinaldo Azevedo

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Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura
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Por Prefeitura de São Paulo, Haddad faz Chalita flertar com perereca e sapo cururu

Dupla de coxinhas se aproxima da Rede, já que aliança PT-PMDB não vai acontecer na capital

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 00h14 - Publicado em 24 out 2015, 05h11

 

É incrível! Fernando Haddad é um dos frequentes convivas de Luiz Inácio Lula da Silva. Compõe até um grupo de ditos “conselheiros” do ex-presidente — ou algo assim. Por mim, um seguiria aconselhando outro eternidade afora. Pois é… O prefeito de São Paulo estaria insatisfeito com o PT e buscando se aproximar da Rede, de Marina Silva. Imaginem se a moda pega: em fase de desconstituição do partido, os petistas começariam a se espalhar para outras legendas.

Parece piada. Haddad não está a fim de fazer política. Ele está buscando é um jeito de dar um truque no eleitor para ver se consegue vencer a disputa. Quer Gabriel Chalita, que está no PMDB, como vice. A propósito: antes, este senhor já pertenceu ao PDT, ao PSDB e ao PSB. Daqui a pouco, vai acumular mais partidos do que livros.

A turma da Rede, por enquanto, deu um “muito obrigado” a Chalita e disse não estar interessada em adesões apenas para disputar eleições. Pois é… Depois de se fingir de brizolista, tucano, socialista e peemedebista, Chalita estava disposto a posar de amigo das pererecas e do sapo cururu…

Embora insatisfeito com o PT — e, até onde sei, o PT anda insatisfeito com ele —, Haddad estaria se aproximando da Rede para tentar formar uma frente de esquerda. Com Chalita??? Convenham: chega a ser engraçado.

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Convém ficar atento, leitor. Apesar da administração patética liderada por Haddad, prestemos atenção à dinâmica do jogo. O quadro está absolutamente indefinido em São Paulo. Marta Suplcy será candidata pelo PMDB. Por enquanto, Celso Russomanno (PRB) e José Luiz Datena (PP) asseguram que vão mesmo disputar. Haverá um candidato tucano.

Digamos que todos se apresentem. O campo da oposição a Haddad estará congestionado. Há o risco — notem que não falo “chance” — de ele ir para o segundo turno em razão da balcanização dos votos de oposição à sua gestão. Se isso acontecesse e sempre a depender de quem disputasse com ele a etapa final, a reeleição não pode ser absolutamente descartada, embora seja uma possibilidade remota.

Haddad sabe que os únicos entusiastas de sua candidatura são organizações militantes, com viés de esquerda, e grupos de pressão do que se chamava antigamente “burguesia esclarecida”, que pedalam para salvar a humanidade e o planeta. Ah, sim: a imprensa também gosta dele.

Não é só pela lindeza engomada que Haddad quer Chalita como vice. Trata-se de uma tentativa de ampliar o eleitorado, atraindo aquele conservadorismo bocó que tem no fértil escritor de autoajuda o limite da sua própria imaginação.

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