Antes, a política brasileira era uma porcaria porque as pessoas iam se filiando a partidos apenas para concorrer a cargos e ganhar espaço. Depois, foi piorando…
Quer dizer que o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, agora é socialista, é? Já não bastava Ciro Gomes – que já foi PDS, PMDB, PSDB e PPS? Agora Skaf é do mesmo credo a que se converteu Gabriel Chalita. Tomara que Skaf ganhe uma poesia de presente.
A convenção do partido poderia se realizar na Ilha de Caras, com champanhe francês para todo mundo, cada um bebendo de acordo com a sua necessidade, como reza o socialismo. As fotos de campanha seriam tiradas na banheira. Skaf seria fotografado, distraído, lendo textos sobre o socialismo fabiano. Chalita, como quem não quer nada, se distraíria com Schopenhauer. Ciro, claro, apareceria lendo Gramsci com afinco, naquela versão reescrita em Sobral, que trata da “nova hegemonia moral e cultural”, que ele pretende rimar com Paulinho da Força Sindical. E, se espaço houver para mais rima, a gente chama a Polícia Federal.
Achei que Skaf iria se filiar ao PT. Por quê? Quem usou a Fiesp para fazer propaganda pessoal, como vimos há poucos dias, está preparado para ser petista. Afinal, a Federação é uma entidade de caráter sindical, e a estética da propaganda “institucional” mal disfarçava o caráter personalista.
O PSB está se transformando na versão chique e cheia de bons propósitos da legenda de aluguel. É uma espécie de Prona dos quase influentes.