Taleban mata 41 no Paquistão, no 4º grande ataque em uma semana
Da AP e Reuters, no Estadão: Um suicida detonou ontem um carro-bomba ao lado de soldados do Exército no Paquistão, deixando 41 mortos e 45 feridos. O ataque ocorreu em Shangla, no Vale do Swat, e, segundo o governo, foi lançado pelo Taleban. A região foi palco em agosto de uma ampla ofensiva militar que […]
Da AP e Reuters, no Estadão:
Um suicida detonou ontem um carro-bomba ao lado de soldados do Exército no Paquistão, deixando 41 mortos e 45 feridos. O ataque ocorreu em Shangla, no Vale do Swat, e, segundo o governo, foi lançado pelo Taleban. A região foi palco em agosto de uma ampla ofensiva militar que teria varrido os taleban do local.
Foi o quarto grande atentado lançado no país em uma semana. Os militantes vêm ampliando suas ações nos últimos dias, em resposta ao anúncio dos militares de que planejam lançar uma grande ofensiva contra áreas de atuação da Al-Qaeda na Província de Waziristão do Sul, na fronteira com o Afeganistão. A região é conhecida como reduto do grupo terrorista e do Taleban e, especula-se, também serve de abrigo para Osama bin Laden.
Como parte de seu contra-ataque, o Taleban também fez um apelo para mobilizar combatentes dispostos a lançar mais atentados em território paquistanês. O grupo também assumiu a responsabilidade pela invasão de uma base militar em Rawalpindi (Província de Punjab), no sábado. O ataque durou 22 horas e terminou com um saldo de 23 mortos (mais informações na pág. 10).
A informação de que o cerco ao quartel foi feito por uma célula do Taleban de Punjab preocupou as autoridades. Isso porque ficou confirmado que o grupo tem ligação com insurgentes de fora de seus principais redutos, em áreas tribais fronteiriças com o Afeganistão, tornando-o mais poderoso.
A recente série de atentados começou no dia 5, quando um homem-bomba detonou os explosivos que carregava junto ao corpo no escritório do Programa Mundial de Alimentos da ONU, em Islamabad, matando cinco funcionários. Os taleban justificaram o ataque dizendo que “ajuda humanitária internacional não é do interesse dos muçulmanos”.
Na sexta-feira, um suicida detonou um carro-bomba no meio de um mercado lotado em Peshawar, deixando 53 mortos e mais de 100 feridos – o ataque mais mortífero em quase seis meses. Aqui