Namorados: Assine Digital Completo por 5,99
Imagem Blog

Ricardo Rangel

Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Lula acertou uma, afinal. Pero no mucho.

A poplaridade em queda faz coisas incríveis

Por Ricardo Rangel Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 Maio 2024, 10h59 - Publicado em 27 mar 2024, 18h55

Lula acertou uma, afinal. Pero no mucho.

Na sexta passada, a oposição apresentou a Corina Yoris como candidata à eleição presidencial na Venezuela. Ato contínuo, o sistema de inscrição para os candidatos à eleição parou de funcionar. Yoris foi impedida de se registrar.

O Itamaraty publicou nota dizendo que “o governo brasileiro acompanha com expectativa e preocupação” o desenrolar do processo eleitoral na Venezuela. E constata que o fato de Yoris ser impedida é incompatível com as regras combinadas. (Popularidade em queda faz coisas incríveis).

Foi um reparo suave, mas é uma mudança de padrão. Até hoje, Lula nunca fez coisa diferente de defender e professar amor eterno aos ditadores venezuelanos Maduro e, antes dele, Hugo Chávez.

Há apenas três semanas, a então principal candidata de oposição, Corina Machado, foi tornada inelegível por 15 anos. Lula ironizou o fato com uma grosseria: “eu fui impedido de concorrer nas eleições de 2018; em vez de ficar chorando, eu indiquei um outro candidato, que disputou as eleições”. (Levou um pito de Corina, por sinal.)

Continua após a publicidade

Além de suave, o reparo veio com uma ressalva: a nota termina com um repúdio “a quaisquer tipos de sanção que, além de ilegais, apenas contribuem para isolar a Venezuela e aumentar o sofrimento do seu povo”.

Ou seja, o governo acompanha com preocupação o fato de Maduro estar melando a eleição, mas só é isso. Não está disposto a nada mais do que se preocupar.

O amor de Lula por ditadores (ditadores venezuelanos em particular) é uma coisa curiosa.

Continua após a publicidade

Lula e Celso Amorim acreditam que existe um “Sul global”, um cepalismo extremo, que supõe que países em desenvolvimento têm os mesmos interesses, opostos aos dos EUA e da Europa (que são imperialistas e do mal). Por esse motivo, os maiores dentre esses países, como Brasil, Venezuela, Irã, Rússia ou China, são aliados naturais.

Ocorre, entretanto, que os ditadores desses países não acreditam em nada disso. A Venezuela é uma cleptocracia, e o único objetivo de Maduro é ficar no poder para enriquecer a si mesmo e a sua curriola. O Irã é uma teocracia xiita que luta para ser a principal potência do mundo muçulmano. Putin, além de enriquecer, pretende reconstruir o Império Russo. A China quer ultrapassar os EUA para se tornar a maior potência econômica do mundo.

Lula e Celso não enxergam que a vocação natural do Brasil é integrar o mundo das democracias liberais ocidentais. E em muito nos prejudicam com sua insistência na alucinação do “Sul global”, 

(Por Ricardo Rangel em 27/03/2024)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 5,99/mês*
ESPECIAL NAMORADOS

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada edição sai por menos de R$ 9)
A partir de 35,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.