O PT quer emplacar o economista Marcio Pochmann para o comando do IBGE. Lula está avaliando.
A nomeação de Pochmann, se ocorrer, será o triunfo da esperança sobre a experiência.
Todo mundo que estava prestando atenção se lembra do que aconteceu quando Pochmann foi presidente do Ipea entre Lula/2 e Dilma/1. Pra quem não se lembra: foi um desastre.
O economista é um petista raiz, que acredita que questões técnicas devem se submeter aos princípios ideológicos. Pochmann demitiu economistas renomados porque discordavam de sua visão política, promoveu aparelhamento e dirigismo e interferiu no instituto a ponto de comprometer a confiabilidade dos dados produzidos. O corpo do instituto chegou a se rebelar.
Pochmann no IBGE não será bom para o governo Lula. A qualidade dos dados vai piorar e haverá um desgaste político desnecessário.
Mas o PT quer porque quer. E não quer só porque acha bom ter um petista raiz no IGBE. É porque é uma maneira de fragilizar e quem sabe até se livrar de Simone Tebet, para quem a qualidade e a confiabilidade dos dados do IGBE são imprescindíveis para o trabalho do Ministério.
Se Lula impuser Pochmann, deixa Simone em uma situação impossível: ela não pode aceitar nem recusar.