Fortaleça o jornalismo: Assine a partir de R$5,99

Rio Grande do Sul

Por Veja correspondentes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Política, negócios, urbanismo e outros temas e personagens gaúchos. Por Paula Sperb, de Porto Alegre
Continua após publicidade

Atuando na ‘deep web’, ‘vip da pedofilia’ é condenado no RS

Homem filmou abusos para se tornar membro “premium” de organização internacional que produzia e compartilhava vídeos dos crimes

Por Paula Sperb
Atualizado em 8 mar 2018, 18h28 - Publicado em 8 mar 2018, 14h42
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Uma operação internacional contra a pedofilia que iniciou na Austrália há quatro anos culminou com a condenação e prisão de um homem de 31 anos, morador de Santa Maria, região central do Rio Grande do Sul, em 23 de fevereiro. Ele abusava de crianças e filmava as ações, que posteriormente eram publicadas na internet. Por compartilhar os vídeos, o homem se tornou um membro “premium” do grupo.

    “Essa organização tinha níveis de hierarquia. Algumas pessoas obtinham conteúdo, outras compartilhavam e outras pessoas produziam material inédito, todos de pedofilia”, disse a VEJA a procuradora federal Tatiana Almeida de Andrade Dornelles, autora da denúncia.

    A procuradora explica que os usuários eram estimulados a abusar de crianças para “passar para outro nível”. “Era como se fosse um clube de vantagens, tinha acesso a outro tipo de material. Era um ‘vip’ da pedofilia”, disse à reportagem.

    A investigação contou com a ajuda do FBI e Interpol. Os órgãos rastrearam no Brasil um usuário de um site armazenado na “deep web”, como se chama a “internet profunda”. Para acessar esse tipo de site é necessário conhecimento avançado de informática e criptografia. O site era alvo de investigação.

    Continua após a publicidade

    Duas crianças de Santa Maria, de seis e oito anos, foram identificadas. As famílias dos meninos eram próximas do homem. Ele abusava das crianças quando elas estavam desacordadas. Segundo a procuradora, os pedófilos do grupo precisavam mostrar nas filmagens símbolos ou marcas no corpo feitas com caneta para comprovar que o material era inédito.

    Os pais das crianças não sabiam dos abusos, ocorridos entre 2012 e 2014, quando foram chamados a depor. “Quase todos os delitos de abuso infantil têm o contexto doméstico. Isso é o mais revoltante porque os pais acham que é um ambiente de confiança, às vezes é um tio, avô, vizinho”, alerta a procuradora.

    Continua após a publicidade

    O homem foi condenado a 65 anos de prisão pelo juiz federal Jorge Luiz Ledur Brito. Porém, o criminoso já havia sido condenado anteriormente por armazenar e compartilhar pedofilia, crimes com pena menor, mas estava em liberdade mesmo tendo confessado que acessava material.

    O criminoso estudou pedagogia e seria nomeado professor do ensino infantil em uma escola pública.

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.