O presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) agradeceu nesta quarta-feira, 29, em Porto Alegre, ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo pedido de vistas no julgamento para torná-lo réu ou não no processo por crime de racismo. Caso a ação penal fosse aceita e fosse condenado, Bolsonaro seria considerado ficha suja. No mesmo evento, ele chamou Geraldo Alckmin (PSDB) de “vaselina” e Marina Silva (Rede) de “Pilatos.
“Estou sendo processado. Ontem [dia do seu julgamento no Supremo Tribunal Federal], está dois a dois o placar. Pediram vista, quebraram meu galho aí. Pediram vista, tá? Muito obrigado”, disse Bolsonaro durante coletiva de imprensa antes do evento Brasil de Ideias, promovido pela revista Voto, no Hotel Sheraton.
O pedido de vistas foi feito pelo ministro Alexandre de Moraes, presidente da Primeira Turma. O placar foi de dois votos contrários à abertura da ação, de Marco Aurélio Mello e Luiz Fux, e dois votos para receber a denúncia, de Luís Roberto Barroso e Rosa Weber.
“Uma das acusações é eu ofender indígenas. Porque eu falei e vou continuar falando, não para afrontar o Supremo ou qualquer que seja: se eu chegar lá [na Presidência], não terá mais 1 centímetro quadrado para terra indígena. Sou apaixonado pelo índio, conheço o índio como capitão do Exército, minhas andanças pelo Brasil. O índio quer se integrar à sociedade. Mas, hoje em dia, um país como o nosso, ter uma área maior que a Região Sudeste demarcada como terra indígena, cujo subsolo é riquíssimo, acho que tem que se preocupar com isso”, completou.
A agenda de Bolsonaro no Rio Grande do Sul inclui uma visita à Expointer, feira agropecuária na cidade de Esteio, na região metropolitana de Porto Alegre. Na quinta-feira, Bolsonaro participará de um evento de mulheres.
Na última segunda-feira, foi a vez do candidato Geraldo Alckmin (PSDB) cumprir agenda no estado. Durante o mesmo evento para o qual Bolsonaro foi convidado, Alckmin disse que “está em moda esse negócio de novo” na política.