O presidente da Câmara, o deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta segunda, em Porto Alegre, que não será candidato a governador de seu Estado, o Rio de Janeiro. “Sou candidato a deputado federal. Vou explicar o porquê. Não é porque tenho problema de governar o Rio, não. Lá no Rio tem dois nomes. Meu pai, o ex-prefeito do Rio [Cesar Maia], e o outro ex-prefeito do Rio, Eduardo Paes, que devem estar em uma mesma aliança, em 2018. Eu acho que os dois têm a mesma ou mais capacidade de governar o Rio do que eu. Em Brasília, nenhum dos dois tem as condições que eu tenho de continuar exercendo um papel de influência no cenário nacional para ajudar o próximo governador do Rio. Por isso que acho que eu, como deputado federal, ajudo mais o Rio do que sendo candidato a governador”, disse Maia na capital gaúcha durante o evento “Brasil de Ideias“, promovido pela revista Voto.
Além disso, Maia defendeu que o DEM tenha uma candidatura própria à Presidência em 2018. Apesar de reconhecer que é o nome do partido que tem mais exposição, o presidente da Câmara afirmou que o candidato ideal para concorrer na chapa majoritária no próximo ano seria o prefeito de Salvador, Antônio Carlos Magalhães Neto. ACM Neto, entretanto, deve ser candidato a governador. Maia desconversou sobre ser, então, o candidato à República.
“Ele [ACM Neto] tem um capital eleitoral que não tenho. O nome dele é muito forte. Para governador [da Bahia] é favorito, mas se ele topasse um sonho maior, uma campanha presidencial, ele é um nome muito forte. Claro que acho que será candidato a governador, mas seria um candidato fortíssimo à presidência do Brasil”, opinou Maia.
Sobre a reforma ministerial, Maia elogiou a escolha do presidente Michel Temer (PMDB) para o Ministério das Cidades, que será ocupado pelo deputado federal Alexandre Baldy (sem partido – GO). Baldy foi escolhido para substituir Bruno Araújo (PSDB-PE), que entregou o cargo de ministro das Cidades. O próximo ministro foi apontado por uma CPI como envolvido em um “esquema” em Goiás ligado a jogos de azar, conforme revelou o jornal Folha de S. Paulo nesta segunda. “Não tem relação. É uma ligação que não tem nenhuma importância e que as investigações preliminares concluíram que essa relação não existe. O inquérito que parece que existia foi arquivado”, disse Maia sobre o envolvimento do amigo com o esquema.
“Acho que foi um acerto do presidente da República. Tenho uma relação pessoal [com Baldy], mas que nunca seria o motivo da escolha de um ministro. Ele tem experiência administrativa numa área importante da indústria e comércio de Goiás. Ele pode ajudar muito o governo em um ministério que é tão importante e ajudar na articulação política”, acrescentou sobre o provável ministro.