O Partido Comunista do Brasil (PCdoB) lançou, neste domingo, a deputada gaúcha Manuela D’Ávila como pré-candidata à Presidência para as eleições do próximo ano. Manuela já foi deputada federal em dois mandatos e hoje ocupa uma cadeira na Assembleia do Rio Grande do Sul, atuando em temas como direito das mulheres e direitos humanos. Ela foi a deputada estadual mais votada em 2014 no estado com 222.436 votos. O PCdoB já vinha discutindo a necessidade de uma candidatura própria sem depender do Partido dos Trabalhadores (PT), que tem a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), apesar de favorito nas pesquisas, ainda incerta.
Segundo nota divulgada pelo partido, a candidatura de Manuela irá defender “a retomada do crescimento econômico e da industrialização; a defesa e ampliação dos direitos do povo, tão atacados pelo atual governo; a reforma do Estado, de forma a torná-lo mais democrático e capaz de induzir o desenvolvimento com distribuição de renda e valorização do trabalho”.
No Rio Grande do Sul, a deputada atua na oposição ao governador José Ivo Sartori (PMDB) e assinou pedido de abertura de uma CPI para investigar o parcelamento dos salários dos servidores estaduais. Manuela tem 36 anos, é jornalista, tem uma filha e é casada com o músico Duda Leindecker.
A deputada pode não ser a única mulher a concorrer no ano que vem. O PSOL do Rio Grande do Sul decidiu apresentar o nome de Luciana Genro para disputar a eleição majoritária. Ela também não deverá representar sozinha o campo da esquerda. Além do PSOL, Manuela pode enfrentar o filho do ex-presidente João Goulart, João Vicente Goulart, filiado ao PPL, que deve também ser candidato.
Além disso, Marina Silva (Rede) deve anunciar sua decisão sobre concorrer ou não em breve, conforme relatou a VEJA, durante congresso do Partido em Porto Alegre. Caso Marina não concorra, políticos do partido ventilam a possibilidade de Ayres Britto, ex-STF, concorrer à Presidência.