Aguardada no meio político, a lista com os cem políticos mais influentes do Congresso, os chamados “cabeças”, conta com sete políticos do Rio Grande do Sul. A lista, editada há 24 anos pelo Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar), contém um anexo com os políticos em “ascensão” – nesta figuram outros quatro gaúchos.
O Diap chama a lista de “clube restrito” e o ingresso nesse “clube” é baseado no protagonismo e liderança dos políticos. No documento com a lista, a entidade faz uma ressalva: “não são considerados critérios éticos-morais”. O senão é resultado da operação Lava Jato. “O fato de ser influente não significa, necessariamente, que utilize sua influência apenas para o bem”, diz o texto explicativo do Diap.
Os gaúchos na lista são os deputados federais Darcísio Perondi (PMDB), Henrique Fontana (PT), Marco Maia (PT), Maria do Rosário (PT) e Onyx Lorenzoni (DEM-RS) e também os senadores Paulo Paim (PT) e Ana Amélia Lemos (PP).
Recorde
O único parlamentar que aparece na lista há 24 anos, desde que o ranking foi criado, é o senador petista Paulo Paim, “demonstrando grande prestígio, influência e capacidade de articulação”, segundo o Diap. De acordo com a entidade, Paim “reúne habilidades que o credenciou a exercer influência por mais de duas décadas consecutivas no Congresso”.
Ascensão
Além da lista dos cem “cabeças”, o Diap destaca políticos cuja atuação está em ascensão. Nesta ano, os gaúchos que ascenderam em importância foram os deputados federais Covatti Filho (PP), Jerônimo Goergen (PP), Pepe Vargas (PT) e Paulo Pimenta (PT). Pepe e Covatti são novatos na lista.
No ranking, o PT é maioria entre os cem, seguido por PMDB e PSDB. São 27 partidos com representação no Congresso. Destes, apenas três (PEN, PMB e o PRTB) não fazem parte da “elite parlamentar”, segundo o Diap.
Desigualdade de gênero
A maioria dos políticos “cabeças” é formada por homens: 88%. Apenas 12% são mulheres. Na lista dos gaúchos, a deputada federal Maria do Rosário (PT) e a senadora Ana Amélia Lemos (PP) são as únicas mulheres. Na Câmara Federal, apenas 9,9% são mulheres entre os 513 deputados.
Critérios
De acordo com o Diap, os parlamentares são escolhidos com base no “exame cuidadoso das atividades profissionais, dos vínculos com empresas ou organizações econômicas ou de classe, da formação e vida acadêmica”. O órgão diz que também faz “levantamentos minuciosos” sobre pronunciamentos, proposições, resultados de votações, debates, citações na imprensa, relatorias e perfis ideológicos.