Após recorde de desmatamento, encontro ambiental será Cúpula do Climão
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que organiza o evento, espera os brasileiros com uma palmatória
A delegação brasileira que participa da Cúpula do Clima está levando muitas máscaras para comparecer ao evento. Máscaras de rosto inteiro, só com os olhos de fora. O medo não é pegar Covid, mas ser reconhecido como membro da comitiva do país que é um pária do meio ambiente. Em 2020, a Floresta Amazônica brasileira registrou um desmatamento de 1,5 milhão de hectares, 13% mais do que em 2019 — que já não foi muito bom.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que organiza o evento, espera os brasileiros com uma palmatória. O Greenpeace, com pedras na mão. Mesmo assim, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que está sendo investigado por suspeita de proteger desmatadores ilegais na Floresta Amazônica, não para nunca. Anteontem mandou derrubar um coqueiro decorativo do gabinete do policial federal que o investigou. No refeitório da cúpula, será servida torta de climão.
Publicado em VEJA de 28 de abril de 2021, edição nº 2735